sexta-feira, 31 de julho de 2009

Presente do céu

Os olhos cintilaram;
Sorriu o coração;
Era o amor, chegara em fim...
Perfeito em sua essência;
Obliquo em sua condição;

Mas era presente do céu
E, a um regalo como este,
Não se pode dizer, não.
E, ainda que seja torto,
Nunca é vão,

Porque para ser belo;
Há que ser, em parte,
Imperfeito;
Melhor pensar assim.

Primoroso é o infinito,
Recheado de estrelas.

O amor só precisa ser vivido
Em todas as suas estações,
Em todas as suas limitações;
Não obstante, tem que ser real,
Dentro de dois corações.